Domenico Gnoli nasceu em Roma em 1933, e, desde criança, a sua alma criativa foi alimentada pelas numerosas influências artísticas provenientes dos membros mais próximos da sua família: de facto, a sua mãe era uma ceramista hábil, o seu pai um historiador de arte e superintendente de belas artes da Úmbria, o seu avô um poeta e o seu tio paterno um crítico literário.
Foi neste ambiente familiar fértil que Gnoli começou a desenhar e a frequentar os seus primeiros cursos de pintura; aos 17 anos de idade, apresentou-se oficialmente ao público pela primeira vez, incluindo algumas das suas obras numa exposição na Galeria Cassapanca em Roma. O percurso criativo do artista, nas décadas seguintes, foi marcado por numerosas e diferentes experiências no mundo das artes, vivendo em Paris, Londres e Nova Iorque: além de pintar Gnoli dedicou-se à ilustração para vários jornais e ao mundo do teatro, desenhando figurinos e cenários para importantes companhias teatrais.
Unindo estes diferentes campos, Gnoli criou o seu próprio espaço pessoal na história da arte, reproduzindo nas telas, com uma técnica particular feita de têmpera e areia, detalhes extrapolados de temas da vida quotidiana e relatando-os em novos campos visuais, gerando nos olhos do espectador uma sensação de doce solidão e poesia metafísica.
Após a sua consagração artística definitiva na importante Galeria Andrè Schoeller em Paris, as obras de Gnoli foram expostas nas mais prestigiadas galerias europeias e americanas até à sua morte, que ocorreu em 1970 em Nova Iorque.