segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
se possível ... saboreie & sorria
“(...)
Começou a tocar piano com tenra idade, desde os 4 anos diz-se na sua biografia. Se não me falham as contas vive musicalmente com o piano há 42 anos. Como gere essa relação de longa data?
A minha relação com o piano é comparável à que a minha avó materna tinha com a dentadura postiça, quer dizer, nos momentos felizes tudo se passava como se os dentes fossem dela e não uma prótese, quase não os sentia e podia falar e mastigar com prazer. Foi ela quem me ensinou a tocar. O piano é uma prótese estranha e imponente que tende a atrair demasiado a atenção devido ao volume exagerado que ocupa, mas o ideal, no fundo, seria esquecer o piano e poder ouvir a música, só; e depois não pensar mais neste instrumento do que se pensa, por exemplo, num pincel, quando se olha para um quadro.
(...)”
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