sexta-feira, 19 de março de 2010
Dia do Pai
O meu pai foi um grande artista. Não daqueles considerados importantes, que o nome pode ser encontrado nos livros, com dados sobre a sua vida e obra. O seu nome não figurará na História da Arte.
Foi um artista sem o saber. Tirou o “curso/mestrado/doutoramento” ao longo da Escola da Vida. A Vida era o seu suporte. A Natureza com as suas cores, a matéria-prima. Os instrumentos mais usados foram as suas mãos fortes, com as veias cheias de uma energia tranquila. A simplicidade do quotidiano era a mais bela e nobre galeria, aberta a todo o tipo de fruidor.
Apreciava a criatividade e a curiosidade pela vida. Tudo, desde uma erva daninha, uma semente, à mais bela e rara orquídea, eram respeitadas de igual forma, pela importância no equilíbrio do todo. O mesmo acontecia com os animais.
A liberdade, aliada a um profundo sentido de justiça, era o seu dicionário de termos artísticos.
Tenho muitas saudades dos seus silenciosos “quadros” pintados com um humilde e envergonhado assobio.
Na minha história estará sempre presente, como o grande artista.
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1 comentário:
Helena, que linda e tocante a homenagem que vc fez ao seu pai. Me comoveu muitíssimo.
Bjo, Céu
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