quinta-feira, 29 de novembro de 2018
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Ninguém no mundo é mais rico do que eu.
ANTÓNIO BOTTO
24
Ninguém no mundo é mais rico do que eu. Os grandes banqueiros poderão dispor de quantias fabulosas e de cofres das mil e uma noites, mas nenhum deles dispõe de um mundo tão formoso e tão variado como o que eu possuo quando vejo uma obra de arte. Trata-se de uma propriedade que não aparece registada na respectiva repartição de finanças, mas, que me pertence inteiramente porque os frutos da minha emoção artística são sagrados e invioláveis. Eu sou daqueles que defendem o direito de que o homem seja o senhor absoluto das suas próprias emoções. E no dia em que esse direito lhe for negado — o homem deixará de ser uma coisa animada e viva. Ah! Quantas vezes eu emigro dos contactos demasiado violentos dos meus semelhantes e vou habitar o mundo das minhas arquimilionárias ilusões. Sim; a vida é de quem a souber contemplar, de quem a sabe entender… Lembro-me de que um dia disse a um materialista ricaço: não há fortuna maior do que a de um pobre se esse pobre for poeta. Olhou-me assustado como se eu com essas poucas palavras lhe tivesse roubado o seu tesoiro e os seus haveres. E afinal, o que eu tenho, pode também ser de qualquer, apesar de que sinto que serei acima de todos o seu verdadeiro dono. Tal é, pelo menos, a minha ilusão; e uma ilusão sincera vale muitíssimo mais do que um direito legal.
António Botto, 'Cartas Que Me Foram Devolvidas', estudos críticos de José Régio e Fernando Pessoa, Lisboa, Ed. Paulo Guerra, 1932; 'Poesia de António Botto', edição, cronologia e introdução de Eduardo Pitta, revisão de Luis Manuel Gaspar, Lisboa, Assírio & Alvim, 2018 (a publicar).
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Ninguém no mundo é mais rico do que eu. Os grandes banqueiros poderão dispor de quantias fabulosas e de cofres das mil e uma noites, mas nenhum deles dispõe de um mundo tão formoso e tão variado como o que eu possuo quando vejo uma obra de arte. Trata-se de uma propriedade que não aparece registada na respectiva repartição de finanças, mas, que me pertence inteiramente porque os frutos da minha emoção artística são sagrados e invioláveis. Eu sou daqueles que defendem o direito de que o homem seja o senhor absoluto das suas próprias emoções. E no dia em que esse direito lhe for negado — o homem deixará de ser uma coisa animada e viva. Ah! Quantas vezes eu emigro dos contactos demasiado violentos dos meus semelhantes e vou habitar o mundo das minhas arquimilionárias ilusões. Sim; a vida é de quem a souber contemplar, de quem a sabe entender… Lembro-me de que um dia disse a um materialista ricaço: não há fortuna maior do que a de um pobre se esse pobre for poeta. Olhou-me assustado como se eu com essas poucas palavras lhe tivesse roubado o seu tesoiro e os seus haveres. E afinal, o que eu tenho, pode também ser de qualquer, apesar de que sinto que serei acima de todos o seu verdadeiro dono. Tal é, pelo menos, a minha ilusão; e uma ilusão sincera vale muitíssimo mais do que um direito legal.
António Botto, 'Cartas Que Me Foram Devolvidas', estudos críticos de José Régio e Fernando Pessoa, Lisboa, Ed. Paulo Guerra, 1932; 'Poesia de António Botto', edição, cronologia e introdução de Eduardo Pitta, revisão de Luis Manuel Gaspar, Lisboa, Assírio & Alvim, 2018 (a publicar).
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
A Febre das Tulipas
Título original:
Tulip Fever
De:
Justin Chadwick
Com:
Alicia Vikander, Dane DeHaan, Jack O'Connell
Género:
Drama, Romance
Outros dados:
EUA/GB, 2017, Cores, 107 min.
Holanda, século XVII. Fortunas parecem nascer do nada, com pessoas de todas as classes sociais a vender as suas posses para investir em bolbos de tulipas. Cornelis Sandvoort, um mercador rico, contrata o pintor Jan van Loos para pintar um retrato seu ao lado de Sophia, a jovem e bela esposa. Inconformada por ter sido obrigada a casar quando era praticamente uma criança, Sophia vê-se completamente enredada pelos encantos de Jan. Com o passar do tempo, cada vez mais envolvidos naquele amor proibido, os amantes resolvem fugir. De modo a arranjar dinheiro que os liberte do poder do mercador, Sophie e Jan arriscam tudo o que têm no comércio de tulipas, sonhando com uma vida longe dali e sem imaginarem que, em breve, o mercado entrará em colapso, deixando arruinados milhares de holandeses.
Um drama histórico realizado por Justin Chadwick ("Mandela: Longo Caminho para a Liberdade"), segundo um argumento de Tom Stoppard, que adapta o "best-seller" com o mesmo nome escrito, em 1999, por Deborah Moggach – que também colabora no argumento. Os actores Alicia Vikander, Dane DeHaan, Jack O'Connell, Zach Galifianakis, Judi Dench, Christoph Waltz, Holliday Grainger, Matthew Morrison e Cara Delevingne dão vida às personagens. PÚBLICO
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
“Os serviços educativos são um elemento essencial para o cumprimento da missão das instituições culturais. Vistos muitas vezes através de um prisma redutor, aquele que limita o âmbito da sua ação ao público infanto-juvenil e aos grupos escolares, os serviços educativos são um fator determinante na criação de relações significativas e duradouras com as pessoas; pessoas de todas as idades, com conhecimentos e capacidades diversos. Criam pontes de acesso à oferta cultural, contribuem para a eliminação de barreiras intelectuais e sociais, disponibilizam as ferramentas para que uma pessoa possa interrogar e interrogar-se, estimulam o pensamento crítico, levam à descoberta.”
segunda-feira, 23 de abril de 2018
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
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